sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Na porta da tarde
Sentado na porta da tarde,
No meio do tempo, com o nada,
Brincando de inocente dizer,
No violão um acorde risonho
Voando com o vento
E querendo viver
Na poesia, de há muito vivida
Que mesmo querendo não se pode esquecer,
Sentindo no rosto molhado,
Por lágrimas frias caindo tristonhas,
Mostrando que a vida
Também é vivida com pleno sofrer.
Caído no meio da estrada
Com um eco atrevido do nada parído
Correndo entre as dores
Até me chegar, num grito esquisito,
Ou moribundo gemido, até já não sei,
Dizendo num silencioso dizer que
Me sinta feliz pelo tanto que amei
José João
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