Qual inocente pomba que no céu se perde
Voando a esmo em perdido espaço
Gemendo triste, o coração partido
Pelo pobre filho que caiu no laço
Qual alvo lírio que no prado murcha
Pelo cruel calor de ardente estio
Ou como peixe em agonia lenta
Porque sem água lhe secou o rio
Assim minha alma no espaço chora
Pede aflita e não escolhe a hora
Qual mãe que a vida do filho implora
Que um dia encontre um doce regaço
De que preciso e sem o qual não passo
Bem pode ser qualquer terno abraço.
José João
Ah João que linda.É incrível! É assim que andava minha alma, até encontrar um anjo...
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