sexta-feira, 4 de março de 2022

Coitada da solidão!

Há quem veja maldade na solidão, taciturna...fria
Não a vejo assim, vejo-a, coitada, triste ... carente
Por sua própria existência... mais carente que má
Ninguém a quer por perto para todos é indiferente

Assim, vagueia, qual sonambula, sozinha no tempo
Sempre só, vagueando o olhar em horizontes vazios,
Indo por veredas sombrias, sem uma voz para ouvir
Ouve apenas lamentos de quem só tem ela pra sentir

Por vezes se mistura na multidão que apenas vai,
Olha assombrada os rostos aflitos, perdidos, sem luz
Mas ninguém a vê... cada um preocupado com sua cruz

Assim, a solidão se faz triste pela tanta carência de tantos
Ela, entre eles, nem pode se dar ao prazer de ser A solidão
Nem lhe conhecem mais, desde que da vida perderam o  encanto

José João
04/03/2.022

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