Vão sem querer ir, as árvores com seus galhos vazios
Se perdem na sisudez de sua tristeza e vergonha,
Estão nuas, esqueléticas surradas pelo frio do tempo
Olha como estão! Desfolhadas, secas, sem beleza
A brisa não lhes acaricia mais e como poderia?
Eretas apenas pela vaidade, são apenas galhos...
Não se enfeitam mais com a singeleza do orvalho
Nem os passarinhos não lhes fazem mais ninhos
Mas eis que chega a magia do tempo e as flores
Nascem belas, viçosas e lhes afoga as dores
Primavera, gritam, e os galhos encharcados de cores
Dançam ao sabor do vento num valsar inocente
Agitam-se alegres e do outono não guardam rancores
José João
23/03/2.022
Nenhum comentário:
Postar um comentário