A acariciar as flores, regar jardins. A chuva e o pranto
Se misturavam, deixavam as pétalas macias e brilhantes
E corriam entre os canteiros sussurrando suaves cantos
Eu, a chuva e o tempo, este em cerimonioso silêncio
Eu, ocupado que não faltasse lágrimas para ajudar a chuva
E esta, se juntando ao pranto ia rompendo cercas e quintais
Iam juntas, puras, inocentes como verdadeiras vestais
Onde iriam as duas? Será que um dia se fariam poesia?
Será que fariam as flores dos jardins mais belas e viçosas?
Será que a chuva e pranto diriam o que minha alma sentia?
Não sei, mas foram por aí, em direção a um rio... um mar
Correram entres caminhos, entre pedras foram sem paradas...
E com certeza nunca contarão o porque desse meu chorar?
José João
12/03/2.022
Fascinante soneto. Obrigada pela partilha!
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As gotículas parecem pedras preciosas
Beijos. Votos de uma excelente semana.