quarta-feira, 22 de maio de 2019

A dor da noite

Lentamente, a noite esvaindo-se... vai
Com ela, uma a uma as estrelas obedientes
Também vão dormir ou esconder-se. Onde?
Talvez em outros sonhos tristes e carentes

Quem dera com a noite se fosse essa dor
Essa minha dor tão doída, forte e solidária
Que me deixa no pensamento feridas cruas
E na alma dolorosas cicatrizes vivas e nuas

Noites em que sonhos são resquícios mortos
De momentos que se foram e... se vividos
Foram meros pedaços de vida no tempo perdidos

São noites em que a solidão toma forma viva
Condensa-se e tão forte que lhe ouço o respirar,
Se aproxima tanto que... lhe sinto o abraçar.

José João
22/05/2.019

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