Vou correr pelo tempo, com minha loucura desvairada,
Procurando a mim mesmo. Vou me esconder dos sonhos,
De todos eles, dos momentos que pensei para sempre,
Vou me esconder deles por atrás do esquecimento
Que as saudades insistem em não deixar chegar.
Vou esquecer cor de olhos, sabor de beijos, tudo,
Até de nomes que rezei como oração, que gritei com a alma.
Vou deixar que a demência me tome conta do que um dia
Vivi, na ilusão de que fosse sempre... fosse eterno
Em cada sonho, e se fizessem plenos nos amanhãs que viriam.
Vou fazer que o esquecimento se faça faminto e os engula,
Sem sentir medo do vazio que deve ficar, mas talvez melhor
Que essa dor tão descabida que insiste em estar em mim
E que não devia mais sentir. Vou deixar que a loucura
Me tire a razão, me faça inocente num novo recomeçar,
Sentir saudades novas, fabricar jovens e curiosas lágrimas,
Que deslizem até meus lábios para sentir...o gosto...o gosto
De teus beijos que... apesar de tudo insistiram em ficar
Como se tivessem sido dados a... partir de amanhã.
José João
02/02/2.015
Desistir, jamais. Recomeçar, sempre.
ResponderExcluirJosé, beijo!