Deus! Deus! vê meus joelhos! Feridos, inchados...
Meus ombros curvos, voz reticente, sonhos mortos...
Os versos! Cheios de nada, apenas palavras soltas
Que a alma grita em preces perdidas, velhas e rotas
Como ficaram os pensamentos! Perdidos e dementes
Gritando em alardes dores que não querem passar
Angustia e solidão a colinear como fossem serpentes
Me tomam, e só blasfêmias me fazem, contrito, rezar
Me tomei nos tantos prantos que não queria chorar
Ergui aos céus, mãos postas, as suplicas dementes,
Os olhares se perderam num muito tristonho vagar
Até os gritos como loucos choravam de tão carentes
Corri, em sonhos, caminhos que nem sei se pisaste
Pobre andarilho, procurava no tempo teu perfume
Ouvi, do silêncio, canções que nem sei se cantaste
Talvez fosse minha alma rezando os seus queixumes
Ao cansaço me entrego de tanto a esmo te procurar
Sento na beira da tarde, olhar perdido a te buscar
Quem sabe um dia voltes nas voltas que o mundo dá?
E talvez, surpresa me encontre, ainda a te esperar!
José João
08/02/2.014
Uma linda construção para o amor, que se aquieta e esfria a alma.
ResponderExcluirO amor urge de ações e emoções em cada dia.
Belo trabalho amigo.
Um abração.