segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Apenas restos do que já fui!

Meus sonhos se recusaram em ser poesias,
Apenas minha saudade se fez versos, tristes
Diz-me a alma que os sonhos seriam heresias
Porque neles apenas angustia agora existe

Diz-me a vida em lacônico e cruel silêncio
Que nada deve ser dito do que um dia vivi
Que foram apenas ilusões essas dores no cio
Dores que a alma não viveu e eu, nunca senti

Não sei poque a vida insiste em mentir-me tanto
Se meus vazios são frutos de perdas vividas!
Tanto que meus olhos falam gritando em prantos
Angustias e tristezas pela própria vida paridas

Como calar-me a alma os tantos adeus ouvidos?
Se  ela a debruçar-se sobre os vazios de agora
Chora prantos que jamais um dia foram sentidos
Tantos que a razão, como louca, se foi embora!

A mim, só me resta essa loucura fria e demente
Que me faz ser apenas escombros do que já fui
E essa dor lancinante de uma alma triste e carente
Que  só me faz ser resto, do que um dia foi gente!!


José João
09/02/2.015




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