terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Soneto da solidão
De repente o dia se fez noite e a luz se foi com ela,
Um silêncio que incomodava até a pobre alma triste
Se fez tão forte que o vazio se tornou densa solidão
A tornar-se universo dentro de um já perdido coração
A bruma que a noite chorava se tornou sem cor, fria
Como chuva fina que corta a carne nua da madrugada,
Que chora como triste amante toda a dor de sua alma
A esvair-se em tantos prantos mesmo mostrando calma
As mãos se contorciam convulsivas, em tremores lívidos
Os lábios balbuciavam, frenéticos, orações sem sentido
Olhos aflitos procuravam na escuridão os sonhos perdidos
A solidão preenchia toda a escuridão da noite e da vida
Que a partir daquele adeus seria como se nada existisse
Como se viver fosse agora o de menos, apenas uma tolice
José João
04/12/2.012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Saudade, é apenas saudade essa dor que sinto... Uma dor que não é dor, uma tristeza Que não é tristeza, uma vontade de não-sei-o-que...
-
...Te beijo, um beijo ardente no louco desejo Que me toma, te sonho como fosses meu dia A abrir-se desde o alvor criança da madrugada...
-
Quando meus cabelos estiverem brancos Como mensagem inconteste do tempo. Quando minha voz estiver fraca, reticente Ainda assim estarei fazen...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir