Sentado na beira do tempo conversando comigo,
Senti saudade de mim, dos sonhos que sonhei,
Das histórias de amores passageiros que vivi
Dos carinhos que dei... dos carinhos que senti.
Os dias passando lentos, sem nenhuma pressa.
Ah! Como lembro! Podia deixar para amanhã
Coisas que, no amanhã, já nem importavam mais
Havia nascido outro sonho, uma outra promessa
Havia tempo para tudo até para esperar acontecer.
A juventude não precisa de pressa, o tempo espera
E, a ele, eu parava quando os sonhos se coloriam
Se faziam verdades em histórias que aconteciam.
Hoje, só a saudade de mim! Os cabelos brancos,
O tempo indo rápido, bem mais rápido que eu
Os amanhãs chegam de pressa! O tempo a correr
Não dá mais para esperar, tem que fazer acontecer
São lembranças antigas que se guardaram na alma,
Palavras que não foram ditas agora gritam em silêncio,
Os jovens risos se fizeram pobres e cansados prantos
Num rosto em que a marca de tantos anos tirou o encanto
Tudo ficou tão longe! Tão incoerente e sem razão!
Que quando converso comigo esqueço de lembrar
Qualquer coisa de lá, lá daquele jovem que fui
Agora, sem sonhos para sonhar, só me resta... chorar
José João
15/10/2.025
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