A noite chora lá fora... a chuva lhe cede o pranto
Que cai como fosse um canto de uma nota só,
Apenas uma melodia repetindo o que a tristeza diz
E o vento sussurra a dor que a noite grita em triste dó
Nas noites de chuva o silêncio se esconde calado
Como se a voz do tempo fosse uma chorosa oração
E tudo se faz apenas um canto triste, cheio de vazios
Em que o escuro da noite se desenha no meio solidão
Aqui, entre as paredes iluminadas por um lampião
Pedaços de histórias se costuram em saudades vivas
Que na alma, pelo tempo, se fizeram todas cativas
Para anoite, a chuva se entrega todo em triste pranto
Canta, suave, canções desconhecidas que só ela sabe
Se for preciso, toda a chuva chorada, na noite, não cabe
José João
28/10/2.025

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