segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A alma que chore sozinha...

 Hoje escrevi versos de palavras soltas, sem rimas,
Pedaços de poesias que se perdiam no tempo,
Palavras misturadas, sem sentido, algumas blasfemavam,
Outras gritavam em angustia, desesperadas, um adeus...
Um adeus que não passou, ficou guardado na ausência
Dolorida de um vazio demente com gosto de versos tristes,
Cheios de lágrimas chorando saudades. 
Um sorriso ridículo, de uma quase triste e descabida alegria,
Impedia os lábios de chorar com os tremores
Com que o rosto se contorcia na ânsia de fazer-se alegre
Para enganar a alma, que em silêncio, soluçava
Uma oração como se o nome dela fosse ladainha
A ser rezada em perene contrição. E eu! Ficava alheio
A tudo isso, me escondia dentro dos sonhos.
A alma se quisesse...que chorasse. Foi ela que viveu
Eternamente esse amor (em  mim é minha alma que ama)
Eu apenas lhe empresto os olhos e as lágrimas
Quando o adeus deixa a ausência cheia de saudade triste.

José João
26/01/2.015

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