Quem dera fosse apenas solidão
Essa dor que sinto, que me toma todo,
Me invade como se apenas eu lhe pudesse
Fazer viva e cheia desse mórbido prazer.
Quem dera fosse essa dor apenas de tristeza
Porque a saudade tomou conta de mim,
Se apossou comodamente da alma
E fez-se única habitante, fabricando lágrimas,
Me ocupando os olhos e povoando os sonhos
De lembranças mortas. Ah! Se tudo que sinto
Fosse dor de solidão...dor de saudade...
Ou até mesmo de tristeza! Se fosse, eu ainda
Diria: Amanhã vou ser feliz. Mas essa dor
É diferente, é cheia de tua ausência
Que em mim deixam profundos vazios
E me tomam todo em uma demência incoerente
Como se a razão fosse loucura. Não me permite
Que a existência se faça vida, me permite apenas estar,
Como se fosse tão incoerente viver. Uma vontade
De chorar (até descabida....estou tão vazio)
Me aflige a alma cheia de solidão...de saudade...
De tristeza...e ainda tua ausência...
A transbordar-me a vida.
José João
13/01;2.015
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