sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Entre a solidão e a saudade

É noite, as horas se arrastam lentas, vagarosas,
Ridiculamente preguiçosas, como se estivessem
Com medo da madrugada, que ainda se esconde
No horizonte, mas vem chicoteando a escuridão,
Iluminando sutilmente caminhos e jardins,
Acordando pássaros, beijando as flores.
As horas ainda insistem em se fazerem lentas,
Passam arranhando lembranças e saudades,
Se arrastando dentro do nada, que habita,
Com a solidão, a noite, que quase se faz eterna
Em cada momento. Por que se existe dor
Que  não passa...é a dor da ausência,
Que a cada instante se eterniza, como se ela
Fosse a própria eternidade, e eu sentia 
Essa ausência como se faltasse um pedaço de mim,
Um pedaço de minha alma, que se sufoca
Em dolorido pranto, perguntando demente:
Porque essa tanta dor!? E a madrugada...
Segue empurrando a noite, que resiste...
Que insiste em ficar, como se apenas com ela
Eu sentisse essa toda solidão e saudade.

José João
28/01/2.015

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