terça-feira, 13 de agosto de 2013

A saudade me ajuda viver

Meus olhos correm aflitos buscando teus rastros,
Minha alma se ajoelha chorando a distância entre nós dois
O eco do silêncio se faz mórbido gritando gargalhadas indecentes,
Voando entre as angustias que ficaram marcando o tempo.
Um sonho e uma lágrima fogem do passado e correm desesperados,
Se escondem dentro de uma saudade que vou sentir só amanhã,
Não cabem na saudade que sinto hoje, a de amanhã será bem maior.
Um soluço, vindo lento, lá de dentro da alma, custa a  chegar,
Vem reticente como se buscasse na lembrança um nome,
 Ou uma imagem que meus olhos teimosos buscam no tempo
Mas uma nuvem de solidão, ou lágrimas, não lhes permitem ver.
Pedaços de sonhos, fragmentos, se fazem relíquias para a alma,
Que paciente, junta-os, costura-os como se fosse uma artesã,
Tentando alinhavar, entre pontos perdidos, pedaços de vida,
Mas os pedaços mais completos, a alma não encontrava,
E nem podia, se foram contigo. Comigo ficou só a saudade de ti,
Com que me vesti...para lembrar que ainda vivo.


José João
13/08/2.013

Um comentário:

  1. É poeta, a saudade tem dias que dói mais que em outros dias, mas ela está sempre presente. Lindo!

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