Jurei, ontem, para minha alma, que te esqueceria,
Que não deixaria mais meus pensamentos, como loucos,
Voarem sem rumo, com o vento, a procura de ti
Chorando por qualquer resto que tenhas deixado ficar,
Talvez até por pena de mim. Jurei. Não te procuraria mais.
Prometi a minha alma que sonharia sonhos novos,
Inventaria, se fosse preciso, histórias novas, outros momentos,
Que até poderia fingir vive-los. Criar, assim como fazem os poetas,
Sorrisos que se fazem verdadeiros por enganar quem os vê.
Inventei estradas que nunca vi, nas que andamos juntos
Reinventei meus passos apaguei os teus e segui sozinho,
Dei outras cores para as flores, apaguei os mal-me-queres,
Plantei os bem-me-queres e olhei para trás esperando alguém.
Depois de tudo isso, depois de jurar para alma que te esqueceria,
Depois de refazer rotas, caminhos, replantar flores,
Quando quase refiz os sonhos, me volta o vento, lá de não sei onde,
Dizendo que vu um pedaço de teu olhar buscando no tempo,
O que ele também não sabe, mas foi tanto para minha alma,
Que como penitência se ajoelhou sobre pedras,
Pedindo perdão por mim, dizendo que jurar é pecado.
José João
14/08/2.013
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