terça-feira, 7 de maio de 2013

O que a alma guardou

Vazios,  todos vazios, momentos, coração e alma.
Se abraçam na imensidão do nada em que ficaram
E juntos se deixam ficar dentro do mesmo tormento
Só os momentos não choram, brincam com o tempo

Os sonhos se perderam entre os deboches da vida
Que sorri irônica das tantas perdas, hoje saudades
Fazendo o tempo passar lento entre todas as dores
Que foram ficando trocadas pelos perdidos amores

A solidão se perde aflita sem saber nem quem é
As vezes se vê uma angustia, outras vezes carência
As vezes se perde no olhar vazio própria demência

Até a poesia se perde nos versos tristes, molhados
Feitos entre prantos caídos que com ela se deitam
Entre as dores que alma deixa como seus guardados


José João



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