Quando um amor se vai é como se fosse o crepúsculo,
Melancólico, indo lento e triste como se fosse lágrimas
A se prenderem no rosto do céu querendo não ir
É um adeus que dói na alma, mas amanhã...amanhã...
Outro crepúsculo chega, chora outra vez...e vai
Nunca são iguais, sempre se pensa que cada um é mais belo,
Quem se lembra do primeiro por-do-sol que viu?
Mas quem esquece o primeiro amor que viveu?
A diferença é que os crepúsculos, apesar de belos,
Se fazem assim, comuns. Por se fazerem tantos,
Se renovarem a cada dia, e o amor custa tanto a passar,
Se faz tristeza, se faz dor, se faz angustia para depois
Se fazer saudade, uma saudade dolorosa que até a alma chora,
Depois, vem uma saudade amena, terna, se consegue até sorrir.
Esse por-do-sol foi mais belo que o de ontem - se diz -
Apesar de tristes, melancólicos sempre queremos ver,
Mas o amor! As vezes vem o medo de se amar outra vez,
Tudo volta, as recordações das lágrimas, dos sonhos...
Custa tanto passar dor de um adeus de um amor verdadeiro.
Quem dera a tristeza de um adeus fosse a tristeza
Melancólica de um crepúsculo! Que amanhã será mais belo.
José João
28/05/2.013
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