quinta-feira, 2 de maio de 2013

A vida como ela é

Um dia amei, muito, era jovem e o amor! Ah! O amor!
Era aquele vulcão em erupção constante, queimando...
Se o amor tivesse cor, seria vermelho cor de sangue.
Era uma paixão avassaladora tomando o pensamento
Fazendo uma saudade a cada minuto. Ah! o amor
O jovem amor, pulsando forte num coração ousado,
Desafiando tristezas, desafiando solidão...até o tempo
Mas um dia o amor acabou... logo outro renasceu..
Não dava tempo de chorar, nem de saber ...
Se toda aquela volúpia da alma era mesmo amor,
Um dia amei, muito, era um rapaz de meia idade...
E o amor...ah! O amor, as vezes se fazia tão sublime
Era um calor suave que se fazia vontade, desejos
Um amor que se fazia por momento, nem tão calmo
Nem tão ousado, como vulcões em erupção,
Era um amor terno, não era aquele amor cor de sangue
Era um amor forte, mas já temia o tempo ...a solidão
O adeus já doía mais, mas tinha sempre a quem amar,
Mas as vezes ficava dúvidas...teria sido mesmo o amor?
As vezes os hábitos nos confunde.
Um dia amei, muito, já era um senhor e o amor!
Ah! Esse amor, tão doce, tão terno, até mesmo sublime,
Não era esse vulcão em erupção, nem ousado...
Se cor tivesse seria da cor de um sonho, desses sonhos
Que só a idade sabe colorir. Mas esse amor! Esse amor!
Que era mesmo amor, que deu tempo de sentir,
Se fez adeus e se foi. A solidão deixou de ser temor
Para se fazer verdade, e o senhor que foi jovem,
Que foi rapaz de meia idade vai buscar esses momentos
Para lembrar que um dia foi feliz e...sonhar


José João
02/05/2.013
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2 comentários:

  1. Olá José, o amor se mostra para nós de formas diferentes a cada momento de nossas vidas.
    É,realmente, a vida é assim, com o passar do tempo a gente vai perdendo os medos e se acostumando com as coisas.
    Adorei ler, sua escrita é suave e tenra.
    Obrigada por compartilhar conosco.
    Um forte abraço.

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  2. Belíssimo... o amor é mutante. Nós somos mutantes.

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