domingo, 12 de maio de 2013

Minha alma não sabe esquecer

Não queria sonhar mais nada, e nem recordar momentos,
Gostaria  que estivessem bem além do tempo e de mim,
Além de todas as recordações que se possa viver ou sentir,
Que estivessem além até do próprio esquecimento.
Como queria que nada parecesse de ontem! Nada.
Que os costumes e hábitos se fizessem coisas perdidas 
Que os sussurros,  os olhares inocentes  e os maliciosos também
Se fizessem perdas sem deixar saudades, sem deixar nem restos,
Esses que ficam como fragmentos, mas se fazem completos
Quando a solidão trazendo consigo a angustia instem em ficar
Lembrando que tudo foi verdadeiro, que existiram em verdades,
Em verdades vivas, no calor dos corpos, no gosto dos lábios...
No prazer da alma. Os dias se farão meses, se farão anos 
Mas sempre a dor vai parecer dor de uma saudade de ontem.
Não queria mais sentir nada, nem vontade de lembrar,
Talvez se tudo se fizesse apenas vazio a alma chorasse menos,
Mas não. Tudo  está preenchido com lembranças, tristezas...
Até o vazio se encheu de solidão, os olhos de lágrimas,
A alma de cicatrizes...e a vida...essa se encheu de incertezas
E  alma se treme toda por pensar que a dor de ontem
Cruelmente e por prazer se fará a dor de sempre.


José João
12/05/2.012

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