Nem sei se neles ela deixa perfumes ou rastros
Talvez nem sejam caminhos, sejam rotas no tempo
Ou quem sabe ela venha em volteios com o vento
Não sei como ela se faz, tanto passageiro e estrada,
Partida e chegada, se faz sonhos, cantos e prantos
Se faz dona da alma, das lágrimas, dos pensamentos
Se faz dona de sorrisos tristes, dona dos tormentos
Se faz noite caminhando preguiçosa sem querer passar
Se faz dor, angustia, se faz gritos que não se quer gritar
Se faz de escandaloso silêncio, de vontade de chorar
A saudade se faz viva, entra na alma e se deixa ficar
Lembrando baixinho um adeus que não se quis dizer
Mas é essa saudade que embora doída me ajuda viver
José João
24/05/2,013
Saudade... pode ser doce, mais geralmente deixa um travo na boca e doído o coração. Belo, como sempre poeta.
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