As vezes me acho o acorde de um violino chorando triste
Cantando, com um por-do-sol em lágrimas, uma Ave Maria
Onde os sinos choram seis lágrimas em badaladas no tempo
Que vão cabisbaixas, chorosas levadas ao mundo pelo vento
As vezes me sinto uma canção. Melodia que o tempo esqueceu
Que ninguém lembrou de cantar, por ser triste ou não existir
E assim vou, ou fico, em qualquer lugar onde possa chorar
Onde possa com os olhos e com o pranto minha história contar
Se me dizem triste, sou poeta, sei fingir brincar, fingir sorrir
Sei até fazer versos fingindo que não é minha a dor que choro
Sei cantar cantos que ninguém conhece, sei nos versos mentir
As vezes sou oração, as vezes sou canto, em outras sou poesia
Quase sempre sou eu mesmo brincando de imitar o pranto
Essas lágrimas brilhantes que pra saudade se fazem encanto.
José João
14/07/2.012
Nenhum comentário:
Postar um comentário