Corri entre canteiros regando flores com pranto,
Brinquei entre jasmins fingindo cantar um canto
Que era como oração, como queixume ou prece
Que como nuvem ao céu enfeita e logo desaparece
Contei estrelas em noites frias, para passar o tempo
Que insistia em não ir, em ficar, em me deixar triste
Como se a noite fosse feita para chorar a dor da solidão,
Em silenciosos gritos desesperados da alma e do coração
Bebi minhas lágrimas vindas com doloridos soluços
Que me rasgavam desde o peito até o pensamento
Que se faziam, por tanto clamor, pedaços de lamentos
Que vinham lentos, aos poucos, para serem sempre,
Fazerem de eterno apenas momentos que se fizeram dor
Fazerem de frio, partindo a alma, o que um dia foi amor.
José João
27/07/2.012
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