segunda-feira, 2 de julho de 2012

Estrela cadente


Ah! Estrela cadente.
Cortando a noite qual punhal flamejante!
Deixando rastros de pedidos perdidos,
Caídos na própria noite sem luz,
Ou como esperança sem cor.
Há quem lamente,
Não houve tempo de pedir
E busca o céu, olhar atento,
Qualquer estrela que talvez, nem exista mais
Mas  que se solte, que caia, que corra...
Afinal tem que ser feito o pedido.
De repente... outra estrela cadente
Risca o céu, enfeita a noite, entra na mente
E lábios frenéticos esboçam um falar,
Atropelam as palavras, o tempo é curto
O pedido é grande. Deu tempo de pedir?
Ninguém sabe. O pedido é um segredo.
Ah! Estrela cadente!
Que engana crianças, engana até a gente.
E se perdem não se sabe onde,
Talvez engolidas por um buraco negro,
E os pedidos? ... Os pedidos?!
Esses se perdem por aqui mesmo.


                                                                         José João
                                                                       02/07/2.012

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