É gente como qualquer gente, sente dor, sente raiva,
Por exemplo, eu agora... me roubaram as palavras,
Pedaços de silêncio, tudo de poesia que eu guardava
Roubaram as folhas de papel onde guardava as lágrimas,
Todas elas, aonde vou encontrar lágrimas para a poesia?!
Até um sorriso que havia guardado para ocasiões especiais
Vontade de gritar, só não o faço para não dizer heresias
Só deixaram um velho sonho caduco perdido no tempo,
Cabelos e barba branca, insiste, o coitado, em ser de ontem
Procura pedaços dele mesmo, num vagar penoso e lento
O poeta é gente como qualquer gente, grita, soluça e chora
Guarda seus guardados para busca-los se sente saudade...
Mas, e agora? Palavras, letras, encantos, levaram embora!
José João
09/11/2.025
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