- Bom dia, sr, verbo, belo sol, como o sr está?
- Onde você está vendo um bom dia?
Por acaso, não ser visto na plenitude é um bom dia?
- Como assim, sr. verbo? Como não ser visto?
Como formar uma oração sem que esteja presente?
- Quando falo plenitude, é plenitude (disse gritando)
Você tem ouvido conjugar o verbo doar? Rezar? Estudar?
Gostar? Namorar? Tem ouvido conjugar o verbo amar?
O verbo amar!! Plenitude é isso (disse outra vez gritando)
Estou cansado! Como era bonito dizer: Eu amo...
Eu te quero... o verbo viver,!!!!Vivo por ti. Era lindo!!
Eu me enfeitava todo, tinha orgulho de ser verbo,
Tempo feliz... Faz muito tempo... quase choro ao lembrar!
Sabia me transformar até em substantivo, não acredita?!
Por exemplo amar, meu nome de verbo, um artigo antes
E os poetas diziam O amar. Pronto era eu dando nome
Aos sentimentos (acho que vou chorar) hoje sou apenas isso.
Um pobre e velho verbo esquecido!! Como era importante!!!
Com todo respeito, eu era era o centro das atenções!!!
Eu, o verbo, determino o tempo, voz, hoje não sabem mais,
Eu determino a oração, até a oração rezada, mas hoje...
Não me sabem mais. Desculpem... mas eu, o verbo, hoje
Só sei chorar... eu choro, tu choras... todos choram...
Mas quase ninguém, hoje ... sabe do verbo amar
AMCL - Academia Mundial de Cultura e Literatura
Acadêmico: J J Cruz
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
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