E na verdade... nem os caminhos
O que nos ume ... não é a vida
É simplesmente sermos sozinhos
Minha busca é árdua. Onde estou?
Talvez tão longe e de mais ainda vim...
Entretanto, nada sob o céu tem fim
A esperança é eterna e existe em mim
Quem sabe possas me fazer um sonho
Me encontra ela e eu te proponho
Uma vida livre... de cantar risonho
E em belos versos em te me ponho
- Há quanto tempo tens essa busca?
Não sei quem és e a mim não dizes,
Se dela falas, me diz seu nome
Me diz ao menos se foram felizes.
- Há muito tempo, passado distante
Quis o destino que mais não a visse
E em triste loucura me perdi no tempo
E ao me encontrar, me veio o tormento
Que mais faço? Desespero eterno?
Até no infinito amar é preciso
Traduz meus versos, canta o que sinto
Que amo e amo, sou amante contrito
Grita comigo a beleza do amar
Grita bem alto, nos versos, na vida
Grita que amar é mais que viver
Grita que amar é nunca morrer
Grita que a morte ao amor não resiste
Grita que a sorte é amar, não ser triste
Grita que a vida é luta incontida
E que sem amor, jamais é vivida
Não calo! E se choro meu grito
Que pela perda, até mesmo aflito
Não calo, não paro no tempo
Haverás de fazer acabar meu tormento
Escreve meu nome e o dela também
Que até no infinito eu a quero bem
Se hei de chorar por não a encontrar
Me ajuda! Chora comigo também
Há quanta procura e vãs tentativas
De encontrar no caminho uma alma cativa
Que me faça falar... falar nessa vida
Que de muito pra mim já é esquecida
Diz que para um segundo de amor
De doação tão terna quanto infinita
Se fores chorar o resto da vida
Vale a pena, faz a vida ser bem mais bonita.
José João
Reedição: 14/08/2.011
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