quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Lágrimas e prantos para contar a mesma história!

A mim dizes: ama-me como nunca a ninguém  amaste
E soluças como se teu pranto fosse tua testemunha!
Porque não te dás ao prazer de entrar na minha alma?
E ver, quanto por ti chorou e submissa a te se punha!

Porque a mim, nunca me viste por dentro desses olhos?
Que gritavam em fervoroso silêncio uma migalha de ti
Porque nunca, através deles, viste a alma aflita a pedir
Sutil, que fosse, um beijo na fronte a faze-la sorrir?

Agora, em prantos te pões a retrucar  o que já nem sei
Se à tua disposição todos meus sentimentos tu os tinha
Lembras quando te dizia: olha-me nos olhos para ver-me
Ouvias em pulsar alegre meu coração ao pensar-te minha!

Agora, apenas lágrimas não contam o que a história diz
Nem tão pouco o pranto se presta a mostrar toda verdade
Que os dois se façam únicos, se misturem entre os olhos
E chorem essa dor porque será doída esta tanta saudade.

José João
Membro a AMCL
Cadeira 28
Patrono  Antero de Quental
01/11/2.023


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