sábado, 25 de novembro de 2023

A poesia, o amar e o (re)começar

Busco poesias lá dentro da alma... de dentro de mim
Como fossem pedaços de mim, do tempo e de vida.
Nelas, trago saudades que senti, prantos que já chorei
Tristezas antigas quase esquecidas mas ainda sentidas

A poesia é como um farol, ilumina desde o passado
Vai no mais íntimo e encontra o que se havia guardado,
Busca os segredos, desses que não se quer revelados
Daqueles que, por medo, não se deixa serem sonhados

A poesia é a verdade do poeta, até quando é fingida
Quando chora as lágrimas por tantas tristezas vividas,
E vão em busca de beleza, até dos olhos em prantos
E diz que a alma chorando é o mais belo dos encantos

Se entrega toda nos versos até em rimas desencontradas
Rima tristezas e cantos com ladainhas nunca antes rezadas
Rima em estrofes incompletas até nomes já esquecidos
Diz que a rima não é nos versos mas naquilo que é sentido

Ainda se faz toda rogada, no escrever, nas entrelinhas
Mistérios que só ela sabe, só ela sabe dizer ao certo
Assim escreve-se, a si mesma, num perfeito alinhavar
Rindo diz  que a beleza da vida é sempre (re)começar.

J J Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
22/11/2.023

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