Não posso calar, embora chorando, grito bem alto,
Te clamo! Ouve minha voz no pedido que te faço
Sei que estás vivo, ocupando todo e qualquer espaço
Senhor, estão indo ao teu encontro, como disseste,
"Deixai vir a mim as criancinhas" e elas estão indo
Não como gostarias de recebê-las, disso sei bem
Mas os homens, Deus, só dão aquilo que eles têm
Estão te mandando, sem nenhum pudor, crianças...
Coitadas, mortas cruelmente, cortaram-lhes as cabeças
Sim, Deus, é monstruoso, foram, senhor, decapitadas
Bebês que tiveram suas vidas impiedosamente ceifadas.
Tantos a toas homens, desses que se dizem ser gente
Que negam tua existência, ironizam teus ensinamentos
Que sarcásticos, te chamam de "o amiguinho invisível"
São esses, senhor, que frios, perderam seus sentimentos
Com certeza, Senhor, podes dar outros faces aos bebês
Faze-os, desculpa a ousadia, tua imagem e semelhança
Dá a cada um deles um sorriso divino, um teu sorriso
Deixa-os ao teu lado, a sorrirem, brincarem como crianças
Ah! Deus, aproveito e peço que me dês força para falar
Coragem para gritar as atrocidades que aqui acontecem
Fé e força para gritar, louvar o teu nome onde eu estiver,
Sapiência para falar dos teus ensinamentos a quem quiser
Bem, Deus! É isso, e muito obrigado por ainda me dar voz...
Obrigado por me permitir que ainda possa me revoltar,
Quem dera, Senhor, fosse mais forte e me fizesse ouvir!
Gritaria ao mundo, cuidem-se, vigiem, ELE vai voltar.
José João
11/10/2.023
Poema deslumbrante. Fascinante de ler
ResponderExcluir.
Saudações cordiais. Um dia Feliz.
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Pensamentos e devaneios poéticos
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Meu amigo...Não é um poema é uma prece . Sempre maravilhoso. Um beijinho
ResponderExcluirObrigado, querida.
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