Plantava muitas flores no deserto de mim
Mas o tempo faziam-nas, tristes, murchar
A aridez de mim mesmo era meu deserto
Sem se quer uma sombra para descansar
Um dia, não sei porque, lembrei um olhar
Que a muito se havia perdido no tempo
Mas... uma angustia, um não sei o quê
Tomou conta de mim e... me fez chorar
Plantei outra vez flores no deserto de mim
E, com surpresa, vi que ficaram belas, cálidas,
Flores luzidias com fossem límpidas lágrimas
Nunca mais murcharam no deserto de mim
Fiz dele um pedaço feito de doce encanto
Pois as flores... agora as rego com meu pranto.
José João
21/07/2.023
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