Cai, com estardalhaço, um pedaço de tempo...
O silêncio se espanta, corre entre as tristezas
E um vazio se faz denso, cheio de incertezas
A alma acorda alvoroçada perguntando o que foi
O pedaço de tempo caído chega cheio de saudades
A solidão, escondida no nada, lenta e sutilmente
Começa a se aproximar, com um vazio diferente
Ao longe, o silêncio, coitado, ainda pálido pelo susto
Se esgueira entre alguns sonhos velhos e caducos
Murmurando trêmulo que aquilo lhe foi muito injusto
E se pergunta, como o tempo pode me tratar assim?
Eu, que deixo todos a vontade no seu próprio pensar?
Que permito à alma, no próprio tempo, dormir e sonhar?
José João
06/07/2.023
De fato, estamos tão ligados ao tempo que ele parece se alongar ou se encurtar dependendo do nosso estado de espírito e das nossas expectativas de vida.
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