Rio-me tanto quando me chamam de poeta!! Eu?!! Poeta?!!
Sou apenas um desses que escreve versos, todos fingidos
Ri das lágrimas e sorri falsos sorrisos se sente uma saudade
Escreve coisas de criança, fingidor, finge até mesmo a idade
Lágrimas!! O que é isso. Alguma coisa dos olhos? Da alma?
Não sei, sei que os olhos são os límpidos espelhos do fingidor
Que corre entre espinhos, conversa com pedras, bebe prantos
E sai cantado modinhas ... ainda fazendo doces versos de amor
Não sei ser poeta, apenas sei escrever a dor que os outros sentem
Por exemplo, a saudade que os outros choram ... eu sei contar
Preparo os prantos e entrego as lágrimas que quiserem derramar
Sou tão fingidor que com cada um dos olhos uma dor posso chorar
Se dizem que a saudade é minha, numa poesia que escrevi, rio-me...
As vezes é uma saudade antiga, já caduca, que alguém um dia contou
Finjo ser minha porque minha alma triste até em versos ela se vira
E quem poderá dizer que não são verdades minhas inocentes mentiras?
José João
18/05/2.022
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