quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Vou fingir que é poesia

Hoje me perdi nas palavras soltas, versos compridos...
Como fossem estradas que procuram um horizonte
Sem marcas, porque ninguém por ela ainda passou
Como orações perdidas que ninguém nunca rezou

Sou o silêncio da poesia que ainda não se escreveu,
Na confusão de mim, faço versos curtos que nada dizem
Desenho sorrisos no tempo, brinco de fazer lágrimas
Escrevendo no chão poesias que nunca ninguém leu

Mas triste?! Eu!! Não. Vou caminhando calado, sozinho
Murmurando rezas que invento, ladainhas que canto
Até juro que é mentira a verdade de meu pranto!

Na poesia posso tudo, até fingir as verdades que minto
Fingir que é mentira as verdadeiras lágrimas que choro
Até dizer que é verdade a vontade de sorrir... que não sinto.

José João
16/02/2.022

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