sábado, 26 de fevereiro de 2022

Os poetas não são mágicos, são apenas poetas.

 O poeta, do dia faz noite e chora sob a luz das estelas,
Planta, num verso, um pé de flamboyant viçoso e florido 
Onde um sabiá, já quase no fim do verso, gorjeia um canto
E convida o poeta a chorar com ele uma saudade antiga.
De um verso a outro o poeta pinta lágrimas no rosto triste,
Com um ponto final no fim do mesmo verso, para o tempo
E faz nascer um sorriso como se as lágrimas fossem fingidas
E sorri para as lagrimas como se o sorriso fosse verdadeiro.
A verdade do poeta é diferente, pode nem ser verdade...
As vezes, as mentiras que a poesia diz são verdades
Que o poeta brinca de não contar nos versos, e pra quê?
São momentos vividos pela alma do poeta... em segredo.
Ah! Esses poetas!! Viajam muito além dos horizontes,
Do pensamento fazem pássaros alados e voam livres
Sobre oceanos, entre as nuvens, brincam, em sutis volteios
Com a brisa, e vão entre cercas, quintais e corações
(parei nesse verso para enxugar uma lágrima teimosa
Que insistia em me lembrar uma saudade antiga)
Contando histórias de amor, de saudade e de sonhos.
Ah! Esses poetas! Não são mágicos... são apenas poetas.

José João
26/02.2.022

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