sábado, 5 de fevereiro de 2022

Soneto da ilusão perdida

 Lá vem a noite, num relampejar de medos e prantos
Num contar histórias de fadas, de fantasmas e solidão,
Cheia de sombras, dessas que tanto causam espanto
E aos amantes sozinhos, uma mistura de tristeza e encanto

Um raio de luar, desses curiosos, chega até os olhos
Que brilham como se estivessem molhados, encharcados
E para disfarçar, atiram um olhar lá longe no horizonte
Disfarçando o silêncio dos olhos, que choram calados

E num tratar de sussurros e gemidos como se fosse voz
Conta estrelas como fossem contas perdidas de um rosário
Que nunca foi rezado, nunca existiu, é apenas imaginado

E assim a solidão se faz tempo, se faz noite, se faz história
Faz das nuvens transporte, levando sonhos não acontecidos
Desses que nunca se esquece, que no tempo ficam escondidos

José João
03/02/2.022

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