Mas de que cor é a saudade? Cor de lágrimas?
Mas... lágrima tem cor? Será a cor da tristeza?
Mas talvez eu os pinte com a cor da incerteza
Versos soltos, compridos como os dias tristes
Palavras perdidas, vagando a esmo na poesia
Que se completa com os sussurros paridos
Por momentos que nunca foram esquecidos
Ah! Fosse eu um poeta! Um mágico poeta!
Desses que pinta o verso com a cor da alma
Que desenha coloridos sorrisos em lábios sem cor
Que pinta saudades como quem pinta uma flor!
Mas, ai de mim, não sei nem a cor da saudade!
Não sei a cor das lágrimas, nem da tristeza...
Delas, o que entendo, na poesia não sei contar
Não me permitem falar... só mesmo chorar
Por tudo isso minhas poesias ficam imperfeitas
Ficam versos incolores sem rimas e sem beleza,
Perdidos, escondidos em uma imensidão do vazio
Onde saudades e tristezas vivem em pleno cio
José João
03/02/2.022
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