sexta-feira, 2 de julho de 2021

Agora... só em sonhos

Hoje, me perdi de mim, flutuei no tempo,
Percorri jardins, corri em quintais... sonhei.
Ah! O pé de flamboyant, viçoso, florido.
Quantas vezes sentado em sua raiz eu chorei!

O rio... que me ouvia acariciando meus pés
Indo lento, sem voltas, me ouvindo calado
Quantas vezes ele bebeu minhas lágrimas!
Levou-as consigo no seu ir quase cansado!

Ah! Meu velho rio... hoje nem existe mais
Onde será que deixou meus tantos prantos?
 E o sabiá? Contando histórias com seu canto!

Até os jardins, que pena, já não existem mais,
As flores que, belas, se miravam nas águas do rio
Morreram, coitadas, afogadas na tristeza do vazio.


José João
02/07/2.021

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