sábado, 3 de julho de 2021

A arrogância de uma flor.

Caída ao chão em amargos e doloridos suspiros,
A  flor, que um dia bela, perguntava-se: o que fiz?
Pétalas soltas, perdidas, arrastadas indo ao vento
Agora, em desespero, pede: por favor alguém me diz.

O beija-flor, pairando leve, olha o que agora é a flor,
Se vai sem nada dizer, mas lembra do que dela ouviu.
Um dia, disse: linda flor, se me permites, vou beijar-te, 
Como ousas? Quem és tu pequeno ser pobre e serviu?

Suavemente, brincado ao vento, vem uma borboleta
Alegre em volteios leves, vem como voa a liberdade
Olhando a moribunda flor no chão caída...lhe diz:

Eras bela, todos sabiam, até as outras flores te invejavam
Mas por tua arrogante vaidade todos de te se afastavam,
Agora vês onde estás? A beleza, o tempo lhe contradiz.

José João
03/07/2.021

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