Essas horas não me deixavam sentir uma saudade alegre
Dessas, que os olhos, em lágrimas, fazem dourada festa
E brincam de fazer caminho no rosto salgando o sorriso
Que nasce como criança e cresce como grito da alma.
Quantos sorrisos deixei de sorrir nas tantas horas tristes?!
Quanta angustia já vivi!! Quantas dores sentidas me vinham
Parando o tempo nas noites frias em que tudo era vazio!
Ah! Quantas vezes, sozinho, me vi chorando prantos
Que saiam soltos e iam molhando os versos perdidos
Que insistiam em se fazer tristes, sem forma e sem rima.
Apaguei o tempo, deixei que tudo isso se fizesse escombros,
Lágrimas, agora, só de encantos que chegam em alarde
Fazendo a voz declamar versos que a alma dita, e a saudade?!
Só de momentos que se fizeram vivos, que fizeram o peito
Pulsar no descompasso só acontecido quando a emoção
É maior que a razão e esta se esconde atrás do silêncio.
Hoje tenho saudades alegres, acreditem, de momentos que crio
Até mesmo mesmo sem nunca tê-los vivido.
José João
16/07/2.021
Extenso e belíssimo este poema! Adorei :))
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Beijo, e um excelente fim de semana..
Obrigado, Cidália, sempre gentil
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