As vezes paro no tempo, sento no nada,
Busco saudades distantes por falta de uma palavra
Que ninguém quer me dizer. Passo noites em claro,
Solidão fazendo a festa, o tempo sem querer passar,
E uma palavra, apenas uma, me faria sentir a vida
Na plenitude de uma entrega cheia do prazer de viver.
Emudeço, calo minha voz e meu pensamento,
Embora com ele vá buscar momentos que desenho
Nos meus sonhos sem nunca te-los vivido.
As vezes, para enganar minha alma, sussurro nomes
Que não sei de quem é, invento beijos que nunca dei,
Confesso um amor pleno e terno para uma imagem
Que criei nos meus momentos de plena solidão,
Finjo sorrir lembrando um amor que não existe
E minha alma, entre confusa e triste, não sabe
Se é uma lembrança ou uma história inventada,
As vezes, como se estivesse demente, me ajuda
Falando nomes que nem me lembrava mais
Ou que talvez nunca existiram e ela pra me ajudar
A não chorar, finge por nós dois e chora sozinha.
José João
29/12/2.014
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