Não me importa que mintas, que enganes minha alma,
Não, não importa. Vira o rosto, deixa teu olhar perdido no nada,
Finge que ainda és minha e diz baixinho que me amas.
Mente pra mim, pelo menos uma vez diz que me amas.
Me deixa sonhar, me deixa acreditar nas verdades fingidas
Que eu mesmo contei pra mim. Mente, vou me enganar
E acreditar, e mesmo chorando, vou fingir sorrir,
Vou deixar meu coração brincar com tuas palavras,
Vou leva-las noite afora como se fossem minhas orações.
Vira o rosto, olha lá distante, ao longe, lá onde não estou
E sussurra, fala sem me olhar, teus olhos não mentiriam,
Seriam cruelmente verdadeiros, não suportaria
Me seriam cruéis como se fossem uma brisa gelada passando,
Vira o rosto, olha lá distante, ao longe, lá onde não estou
E sussurra, fala sem me olhar, teus olhos não mentiriam,
Seriam cruelmente verdadeiros, não suportaria
Me seriam cruéis como se fossem uma brisa gelada passando,
Volteando entre meus medos, entre meus vazios e temores
De ouvir aquilo que não quero ouvir. Deixa tuas mãos macias
Falarem ao tempo em palavras mudas, deixa que dancem
Leves como se quisessem tocar o tempo, deixa. Deixa
Que se ocupem assim. Assim não precisas tocar-me o rosto
Em carícias de piedosa entrega, me basta apenas que mintas.
Vai, e se perguntarem se ainda me amas, cala, não diz nada
Mente apenas pra mim.
José João
23/10/2.013
23/10/2.013
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