sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quando a solidão se faz viva

Noites mal dormidas, o sono brincando de se esconder
Entre pensamentos e sonhos que insistem em ficar,
O silêncio se faz eloquente abraçado com a noite fria,
As recordações correm como loucas numa ida e volta
Onde os tantos momentos se perdem, se atropelam,
Cada um querendo se fazer de sempre, querendo ser mais,
Parece que gritam dentro de mim até chegar na alma,
Que confusa, se perde no tempo e se deixa ficar, parada,
A ouvir o que me fala a saudade que há muito queria chegar.
Se misturam lembranças trites, lembranças alegres. Choro.
Algumas lágrimas pela dor que a tristeza deixa ficar,
Outras pela saudade dos momentos que me fizeram sorrir,
Mas agora todos se fazem dor, e a solidão, na voz calada
De um silêncio que só a alma pode ouvir. Irônica grita:
Eu sou a dor fria que fica depois do adeus - risos satíricos -
Eu, agora sou  o brilho lacrimoso de teus olhos, sou teu pranto,
Que por mais que não queiras deixo cair ao meu prazer.
Sou a dor que te fere a alma como espada fria, lancinante
Que te faz jorrar,  pelos teus olhos, o sangue de tua alma,
Com gosto de angustia e lágrimas. Sou, finalmente, tua verdade.
Eu. A solidão que te faço sentir só onde estiveres, 
E a dor desse adeus que até agora choras. Te Juro...
É o meu maior prazer - diz ela sorrindo -


José João
14/06/2.013






Um comentário:

  1. Poeticamente belo... mais tão dolorido o poema. Existem momentos assim... Bju

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