Hoje queria cantar, mas só fiz chorar meus pecados.
Tantos foram e ainda são que minhas lágrimas faltaram.
Os olhos ficaram vermelhos, a voz emudeceu, me perdi.
Quantos pecados! Até minha alma cobrou de mim,
Me fez cumprir penitências. Braços abertos ao céu
E gritar: Perdoa pelos beijos que te neguei...
Pelas palavras carinhosas que não te disse. Perdoa.
Pelos afagos que não fiz, perdoa pelo olhar que não te dei.
Perdoa o medo de te amar, o medo de sofrer outra vez.
Hoje queria fazer poesias alegres, poesias risonhas...
Esquecer angustias, tristezas, temores, esquecer os pecados,
Queria fazer uma poesia colorida, com palavras vivas,
Soltas no tempo, felizes como final dos contos de fadas,
Cheias de fadas madrinhas, varinhas de condão,
Com aquela estrela brilhante fazendo milagres,
Fazendo a ternura invadir o mais duro coração.
Hoje queria fazer versos assim, belos, infinitos, inocentes
Mas não fiz sequer uma poesia, fiz apenas lamentos,
Fiz um adeus com palavras frias, chorei meus medos,
Ah! Esses meus tantos pecados! Esses tantos temores!
Ah! se eu soubesse como ser criança outra vez?
Será mesmo que existem fadas? Fadas madrinhas que...
José João
02/06/2.013
Acho que elas existem, sim. Acredito que são mensageiras, se a gente deixa.
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