Lá, muito longe, onde só quem chega é a saudade,
Lá por trás das estrelas, muito além dos sonhos.
Ali onde só o adeus deixa rastros e ninguém vai,
Naquele horizonte onde meus olhos nada vêm...
Estão meus pensamentos, cheios de lágrimas,
Levando meus recados que se fazem orações perdidas.
Pra lá foram todos os meus desejos, ficaram as aflições
Como donas do coração e da alma, chorosa e triste,
Vazia das emoções que a solidão não permite sentir,
Mas repleta das angustias e do medo dos amanhãs.
Lá, muito distante, muito além do além-mar
Onde o vento sopra em rotas perdidas gélidos ais
Como se fossem eco dos meus desesperados gritos
Gritando um nome que, como oração, aprendi a rezar.
Mas o vazio se faz mais que vazio, engole até a voz do vento.
E no mar, faz calmaria para o silêncio se fazer mais forte
E nada mais possa ir, possa passar, nem mesmo os prantos.
Assim a alma chora incontida, e tenta até mesmo gritar
Mas o silêncio da solidão lhe permite apenas chorar.
José João
11/06/2.013
A solidão dói e machuca muito, mas nas mãos dos poetas ela se torna até... linda... Muito linda. Bjus
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