Ontem estive passeando nas ruas dos meus sonhos,
Dos sonhos antigos. Ruas cheias de jardins,
Botões de flores que pareciam sorrir, brincando de alegria.
Os beijos ficavam nas calçadas esperando os namorados,
Sorridentes, beijos perfumados, só os amantes apaixonados
Sentem o perfume dos beijos. E os ais? Os suspiros!
Pareciam musicas ternas de corações felizes e entregues
À doçura do amor. Eu? Ah! Eu estava lá, sorridente,
Passeando pelas ruas dos meus sonhos antigos.
Os flamboyants floridos ladeavam minha rua dos sonhos,
Dos sonhos antigos, as flores mais velhas deixavam
Suas pétalas caírem e formavam tapetes
Por onde os namorados passeavam até o horizonte,
Como se flutuassem com a brisa em leves volteios.
E lá estava eu, mãos dadas, sorriso aberto...
Coração, como criança, aos pulos de felicidade,
A alma parecia extasiada, usando meus olhos para brilhar,
E se dizendo livre para gritar, bem alto. Estou amando
De repente cheguei ao fim da rua dos meus sonhos antigos.
Começou a rua dos meus sonhos de agora, mas...
Mas era tão diferente, os flamboyants não tinham flores,
E só os via quando olhava para trás, lá bem distante.
Tentei correr para as ruas dos sonhos dos amanhãs
Não existiam. O adeus que ainda hoje escuto,
Não me deixou mais sonhos para depois.
José João
15/06/2.013
Não tem como não se emocionar... Mas poeta tem esse dom. Belíssimo! Bjus
ResponderExcluirSonhos e lembranças movem nossos dias...Bonito, José! Um abraço!
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