Não sou poeta, apenas troco meus versos por sorrisos ou lágrimas
Sou um contador de ilusões, contador de histórias alegres ou tristes
Sou "fazedor" de sonhos que começam com os sonhos que não sonhei
Aqueles sonhos de ternura contados na poesia, são sonhos que inventei
Os poetas inventam dores verdadeiras e fingem que não são suas dores
Fazem das palavras lágrimas, dos versos fazem prantos, choram a poesia
Feita de dores que ainda vão sentir ou de saudade que ainda está por vir
Eu conto a dor de ontem, vivo a dor de hoje a de amanhã quero fugir
Vêm? Não sou poeta, sou um contador de casos, desses que choram,
Por que treinou os olhos desde quando aprendeu fingir ser um poeta
Aí encho uma bolsa invisível, de letras, de versos, de poesias completas
Saio mentindo, inventando angustias, inventando solidão, invento tudo
Um dia inventei a história de uma estrela que caiu perto da minha janela
Era mentira, é claro, ela só veio mostrar o brilho que roubou dos olhos dela
José João
04/04/2.013
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Mas suas invenções são poéticas, sem dúvida... boa tarde!
ResponderExcluirÔ José João,
ResponderExcluirnós poetas podemos até dizer: - Eu não vivo o que escrevo...
apenas sinto,ora, se sente vive...
Um abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir(mentiras sinceras)
ResponderExcluirlindo!
abç
Jaum,
ResponderExcluirPermita-me comentar usando apenas um poema de Fernando Pessoa?
AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Alice.