sábado, 20 de abril de 2013

A amiga das horas...certas

Vem, cuida de mim, me põe no colo como um menino.
Vem, me deixa cariciar teu rosto que ninguém conhece,
Deixa que durma no frio da noite deitado em teu silêncio
Desde a primeira estrela até quando o dia vem, amanhece

Vem e me deixa sonhar no aconchego dos teus momentos
Sempre cheios das saudades que fazes questão de trazer
Cheios de sonhos que se fizeram apenas pedaços do tempo
Marcados por cruel perda, tanto, que faz ser tão doído viver

Entra, não precisa que peças, nem dizer nada, apenas fica
Preciso muito de quem me queira, de quem me afague
Preciso de quem me faça coisas que o tempo não apague

E só você com esse jeito de ser, de saber a hora de chegar
De adivinhar a dor da alma e a necessidade e um coração
Só você, que tantos temem. Vem, sou teu... minha solidão


José João
20/04/2.013


2 comentários:

  1. Só os poetas conseguem dá a solidão, que é tão doída, beleza através de belos versos. Um lindo soneto. Tenha um bom domingo.

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  2. Simplesmente lindo... também me sinto assim. Amo a solidão, pois ela sempre nos compreende sem julgamentos.

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