Pedaços de mim, caídos entre escombros de sonhos mortos,
São levados como nada pelo vento, sem nome, como resto,
Indo sem ser, pelo menos, uma lembrança que fica no tempo.
Só fragmentos que se sufocam por prantos, dores e lamentos
Alguns pedaços se perderam no ontem, outros foram por aí,
Desatentos por tanta angustia, esqueceram que o hoje existe
Buscaram logo o amanhã como se nele pudessem se esconder
Deixando assim tudo que não fosse apenas a vontade de viver
Incompleto, fiquei sentado no nada, dentro do vazio de mim
Que ao mesmo tempo me engolia, sufocava e se fazia tudo
Só não se fazia voz, porque o vazio de nós, são todos mudos
Tentava, desesperado, juntar pedaços que se deixaram ficar
Nos prantos que ainda não havia chorado, mas as lágrimas,
Marcavam meu rosto para que tudo fosse sempre lembrado
José João
22/02/2.012
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Que triste meu amigo...
ResponderExcluirBeijinhos
Ana
Boa noite João...
ResponderExcluirLi seu poema e me identifiquei muito com ele, pois a pouco tempo perdi um filho.
num dia 22 do ano passado...